Recuperar-se do fracasso, vexame mesmo, da Copa de 1954: essa era a missão sagrada da seleção brasileira para a atual Copa. A humilhação de ter sido eliminada, naquele ano, ainda nas quartas-de-final, pela máquina húngara, por 4 x 2, ainda estava na memória de todos os brasileiros, muitos temendo a repetição do fato, principalmente quando se soube que o time brasileiro caíra na chave onde se encontravam as seleções mais fortes da competição, principalmente a União Soviética e a Inglaterra. De qualquer forma, a situação não era desesperadora, porquanto, nessa Copa de 1958, ao contrário do que acontecera nas duas últimas anteriores (em 1950, o Brasil e em 1954, a Hungria), efetivamente, não havia uma seleção considerada absolutamente favorita, tudo podendo acontecer. Assim, caberia ao Brasil confiar em seus jogadores e enfrentar de igual para igual seus adversários.
O temor da torcida brasileira se justificava pelo fraco desempenho que a seleção brasileira alcançara quando de uma excursão à Europa, em 1956, à guisa de preparação para a copa da Suécia, a primeira em que uma comissão técnica observaria, de forma a mais objetiva possível, o comportamento profissional e emocional dos jogadores. Segundo o jornalista João Máximo (Cadernos de História, jornal O Globo, 2000, p. 490-491), relatório produzido por essa comissão chegou à seguinte constatação com conotações racistas:
O temor da torcida brasileira se justificava pelo fraco desempenho que a seleção brasileira alcançara quando de uma excursão à Europa, em 1956, à guisa de preparação para a copa da Suécia, a primeira em que uma comissão técnica observaria, de forma a mais objetiva possível, o comportamento profissional e emocional dos jogadores. Segundo o jornalista João Máximo (Cadernos de História, jornal O Globo, 2000, p. 490-491), relatório produzido por essa comissão chegou à seguinte constatação com conotações racistas:
“O jogador brasileiro era imaturo, emocionalmente vulnerável, inseguro. Numa palavra, ‘amarelava’. O relatório apontava, eufemisticamente, para certas características raciais que nos faziam sofrer mais que um anglo-saxão, um gaulês, um nórdico ou um tedesco, terríves saudades de casa, a nostalgia profunda, o banzo. Não foi por outro motivo que a seleção brasileira estreou em Gotemburgo com um time tão branco quanto possível”.
A estréia da seleção (08.04.1956) até que foi razoável; sob o comando de Flávio Costa (até então técnico do Vasco da Gama), colocando em campo os jogadores Gilmar (Corinthians), Djalma Santos (Portuguesa de Desportos), De Sordi (São Paulo), Pavão (Flamengo); Roberto Belangero, (Corinthians), Zózimo (Bangu), Nílton Santos (Botafogo), Didi (Botafogo), Sabará (Vasco da Gama), Walter (Vasco da Gama), Gino (São Paulo), Canhoteiro (São Paulo) e Escurinho (Fluminense), o time ganhou da seleção portuguesa pelo placar de 1 x 0, gol de Gino. Uma boa estréia para um time em observação. Só que, três dias depois (11.04.1956), o time empataria em 1 x 1 com a fraca seleção da Suiça, utilizando basicamente os mesmos jogadores, à exceção da entrada de Paulinho (Flamengo) e Evaristo (também do Flamengo), o craque Canhoteiro e Pavão ficando de fora. O gol brasileiro foi, mais uma vez, de Gino, tendo De Sordi marcado gol contra. Esse mau resultado foi compensado por mais uma vitória, quatro dias depois (15.04.1956), contra a Áustria pelo placar de 3 x 2, gols brasileiros de Gino, Zózimo e de Didi. Desta feita, entram no time Dequinha, do Flamengo, Álvaro (Santos) e, novamente, Canhoteiro, saindo Sabará e Walter, ambos do Vasco da Gama. Nova decepção aguardava a seleção, porém; no dia 21.04.1956, empata com a seleção da Tchecoslováquia por 0 x 0, os jogadores da linha não conseguindo se entender em campo. Todos os jogadores acima citados, à exceção novamente de Pavão e Sabará, jogaram, mostrando um futebol feio e sem concatenação. A torcida brasileira, compreensivamente, começou a recear que tudo de ruim aconteceria novamente.
E como para confirmar os pressentimentos de muitos no Brasil, o primeiro desastre veio no jogo seguinte, acontecido em 25 de abril de 1956: o Brasil sofre uma contundente derrota por 3 x 0 para a seleção da Itália, sendo, na verdade, humilhada em campo. A seleção brasileira colocou em campo Gilmar, Djalma Santos, De Sordi, Zózimo, Nilton Santos, Dequinha, Didi, Paulinho, Walter, Gino, Escurinho e um novato, Larry, do Internacional de Porto Alegre. De Sordi, novamente, marcaria um gol contra sua própria seleção. De qualquer forma, essa derrota foi compensada pela vitória de 1 x 0, em 01.05.1956, sobre a fraquíssima seleção da Turquia, gol do lateral Djalma Santos. Esse jogo marcaria a volta do beque Pavão ao time, com a barração definitiva, nessa excursão, de De Sordi. Sabará também volta ao time.
O teste definitivo viria logo a seguir, no último jogo da seleção brasileira: enfrentar a fortíssima equipe da Inglaterra, em um jogo que marcaria a despedida dos gramados do lendário atacante Stanley Matthews. Desta feita, Flávio Costa não faria nenhuma modificação no time, composto por Gilmar, Djalma Santos e Pavão; Dequinha, Zózimo e Nilton Santos. A linha contou com Paulinho, Gino, Álvaro, Didi e Canhoteiro. Frente a um adversário muito mais bem preparado, o time brasileiro tremeu nas bases sofrendo uma severa derrota pelo abusivo placar de 4 x 2, resultado esse que sepultou as chances de Flávio Costa de ser o técnico da Copa do Mundo. A seleção brasileira voltou ao Brasil, literalmente, com os rabos entre as pernas. Poucos meses depois, a Inglaterra perderia vários de seus jogadores em um acidente de avião em que morreu grande parte do time que jogou contra o Brasil.
O teste definitivo viria logo a seguir, no último jogo da seleção brasileira: enfrentar a fortíssima equipe da Inglaterra, em um jogo que marcaria a despedida dos gramados do lendário atacante Stanley Matthews. Desta feita, Flávio Costa não faria nenhuma modificação no time, composto por Gilmar, Djalma Santos e Pavão; Dequinha, Zózimo e Nilton Santos. A linha contou com Paulinho, Gino, Álvaro, Didi e Canhoteiro. Frente a um adversário muito mais bem preparado, o time brasileiro tremeu nas bases sofrendo uma severa derrota pelo abusivo placar de 4 x 2, resultado esse que sepultou as chances de Flávio Costa de ser o técnico da Copa do Mundo. A seleção brasileira voltou ao Brasil, literalmente, com os rabos entre as pernas. Poucos meses depois, a Inglaterra perderia vários de seus jogadores em um acidente de avião em que morreu grande parte do time que jogou contra o Brasil.
Após a volta, houve uma procura intensa para um técnico definitivo para a seleção brasileira. Flávio Costa era uma carta definitivamente fora do baralho. A princípio, pensava-se que Osvaldo Brandão seria efetivado como o técnico da seleção. Entretanto, em virtude das derrotas sofridas pelo Brasil frente ao Uruguai por 3 x 2 e frente à Argentina por 3 x 0 no Campeonato Sul-Americano, suas pretensões foram sepultadas. Falava-se também em Fleitas Solich, técnico do Flamengo, tri-campeão nos anos de 1953, 1954 e 1955, em Martim Francisco, técnico do Vasco da Gama (famoso por ter adotado a técnica inovadora 4-2-4 no futebol brasileiro) e Zezé Moreira que, comentou-se, convidado, não aceitou o cargo, talvez traumatizado pela horrível experiência de 54.
De qualquer forma, Osvaldo Brandão foi o técnico da seleção nas eliminatórias à Copa de 1958 contra o Peru, acontecidas em maio de 1957. O time base, bastante modificado, era formado por Gilmar (Corinthians), Djalma Santos (Portuguesa de Desporto) e Bellini (Vasco da Gama); Roberto Belangero (Corinthians), Zózimo (Bangu) e Nilton Santos (Botafogo); Joel (Flamengo), Didi (Botafogo), Evaristo (Flamengo), Índio (Flamengo) e Garrincha (Botafogo). Entretanto, não obstante a fraqueza do adversário, o Brasil só conseguiu empatar em 1 x 1 no jogo em Lima (gol de Índio) e ganhar, em atuação medíocre, de 1 x 0 no jogo de volta no Maracanã, com um famoso gol do mestre Didi, inventor de uma nova maneira de bater falta, a “folha seca”, que, quase sempre pegava os goleiros de surpresa. Apesar da classificação, o medo de um fracasso rondava a torcida brasileira.
Até que João Havelange, no início de 1958, toma posse da Confederação Brasileira de Desportos. Logo nas primeiras semanas após assumir, o “Cartola” saiu em busca de um nome definitivo para comandar a seleção. Apesar das aparências, não estava se mostrando fácil a escolha de um técnico que agradasse à torcida e aos seus assessores, dentre os quais, o mais poderoso era Paulo Machado de Carvalho, autor de um plano de trabalho para o comandante da CDB, que, em síntese, criava uma Comissão Técnica, formada, além de um chefe e um supervisor, por uma equipe médica, um psicólogo (João Cavalhares, famoso por ter considerado Garrincha inadequado para integrar a seleção brasileira por ser psicologicamente imaturo) e até um dentista (Mário Trigo), uma coisa inovadora à época, idéia essa que chegou a ser ridicularizada por parte de alguns comentaristas esportivos, que a viam como um evidente exagero, os quais, depois, tiveram que engolir a seco seus sarcásticos comentários. Era o profissionalismo substituindo, definitivamente, o amadorismo na seleção brasileira.
Até que João Havelange, no início de 1958, toma posse da Confederação Brasileira de Desportos. Logo nas primeiras semanas após assumir, o “Cartola” saiu em busca de um nome definitivo para comandar a seleção. Apesar das aparências, não estava se mostrando fácil a escolha de um técnico que agradasse à torcida e aos seus assessores, dentre os quais, o mais poderoso era Paulo Machado de Carvalho, autor de um plano de trabalho para o comandante da CDB, que, em síntese, criava uma Comissão Técnica, formada, além de um chefe e um supervisor, por uma equipe médica, um psicólogo (João Cavalhares, famoso por ter considerado Garrincha inadequado para integrar a seleção brasileira por ser psicologicamente imaturo) e até um dentista (Mário Trigo), uma coisa inovadora à época, idéia essa que chegou a ser ridicularizada por parte de alguns comentaristas esportivos, que a viam como um evidente exagero, os quais, depois, tiveram que engolir a seco seus sarcásticos comentários. Era o profissionalismo substituindo, definitivamente, o amadorismo na seleção brasileira.
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Paulo Machado, contando também com o auxíllio de Flávio Iazetti, Paulo Buarque e Art Silva, na realidade, já apresentara, ainda em 1957, seu plano à antiga diretoria CBD, então encabeçada por Sílvio Pacheco, sem muito sucesso. Somente com a posse de João Havelange, mais novo e com idéias de modernizar a estrutura da CDB, o plano foi assumido. A referida Comissão, de que fazia parte o próprio Paulo Machado, Carlos Nascimento, o Médico Hilton Gosling e José de Almeida, logo escolhem o nome do técnico: seria Vicente Feola, até então técnico do São Paulo. A essa altura já um veterano técnico (tinha 49 anos, com aparência de 60), Feola granjeara a fama de ser um treinador razoavelmente competente, educado e amigo de seus jogadores. As principais restrições a ele partiam da imprensa carioca, que não o viam como um técnico competente, cujo principal currículo fora o de auxiliar de Flávio Costa na malfadada Copa de 1950.
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Vicente Feola logo teria seu teste de fogo: ganhar a taça Oswaldo Cruz, jogando contra o Paraguai. A primeira partida (04.05.1958) foi mais fácil do que se esperava; realizada no Maracanã, o time do Brasil, formado por Gilmar, De Sordi e Bellini (beque central do Vasco da Gama, novo titular da posição), Zózimo, Oreco (lateral esquerdo do Corinthians), Dino Sani (São Paulo), Didi, Joel (novo titular da ponta direita), Vavá (centro-avante revelação do Vasco da Gama), Dida (revelação do Flamengo), Pelé (do Santos, com apenas 17 anos, até então a maior revelação do futebol brasileiro), e Zagalo (Flamengo), ganhou a partida por 5 x 1, gols brasileiros de Zagalo (dois), Vavá, Dida e Pelé.
Na segunda partida, as deficiências da seleção brasileira ficaram mais evidentes. O jogo, dessa feita, ocorrido no estádio do Pacaembu, foi bem mais difícil; usando o mesmo time anterior, contando também com a entrada de meia Moacir, do Flamengo, e de Canhoteiro, o resultado não saiu do 0 x 0, despertando comentários desairosos por parte da imprensa desportiva.
Na segunda partida, as deficiências da seleção brasileira ficaram mais evidentes. O jogo, dessa feita, ocorrido no estádio do Pacaembu, foi bem mais difícil; usando o mesmo time anterior, contando também com a entrada de meia Moacir, do Flamengo, e de Canhoteiro, o resultado não saiu do 0 x 0, despertando comentários desairosos por parte da imprensa desportiva.
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Até que veio a difícil tarefa da convocação definitiva dos jogadores para a seleção. Não haveria tempo para experimentos, e os selecionados teriam que ser efetivamente os melhores nas suas posições, aqueles que mais se destacaram ao longo dos últimos anos. Os escolhidos foram: Castilho (Fluminense) e Gilmar (Corinthians) para o gol; De Sordi (São Paulo) e Djalma Santos (Portuguesa de Desportos), laterais direitos; Bellini (Vasco da Gama) e Mauro (São Paulo), beques centrais; Orlando (Vasco da Gama) e Zózimo (Bangu), para a quarta zaga; Nilton Santos (Botafogo) e Oreco (Corinthians) para a lateral esquerda; Zito (Santos), Moacir (Flamengo), Didi (Botafogo) e Dino (Corinthians), para o meio do campo; Garrincha (Botafogo) e Joel (Flamengo), para a ponta direita; Vavá (Vasco da Gama), Dida (Flamengo), Pelé (Santos) e Mazzola (Palmeiras), atacantes; Zagalo (Botafogo) e Pepe (Santos), para a ponta esquerda.
Como todo mundo no Brasil é meio técnico de futebol, muitos cronistas esportivos criticaram a convocação, especialmente a não convocação de Almir, o "enfant-terrible" do Vasco da Gama, de Canhoteiro (que, segundo a lenda, não teria sido convocado por ter medo de andar de avião e por causa de sua boemia), do São Paulo, de Delvechio, do São Paulo, de Paulinho, do Vasco da Gama, de Evaristo, do Flamengo, de Roberto Belangero, do Corinthians, além de outros mais. Mário Filho que, desde o princípio, se posicionara contra a Comissão Técnica, era um dos mais azedos críticos, apostando em mais um fracasso da seleção brasileira. Entretanto, os comandantes do escrete nacional continuaram a trabalhar com a equipe (comentou-se que o dentista da seleção teria arrancado mais de sessenta dentes em situação precária dos jogadores selecionados) e, ainda no Brasil, já sob o comando de Vicente Feola, e antes da convocação definitiva, teve a oportunidade de fazer experimentos com sua jovem seleção.
Antes, porém, da convocação definitiva, nas preparatórias, a seleção brasileira fez alguns amistosos; o primeiro jogo, contra a Bulgária, acontecido no estádio do Maracanã em 14.05.1958, entrando em campo os jogadores Castilho, De Sordi, Mauro, Zózimo, Nilton Santos Zito, Moacir, Joel, Mazola, Dida, Pelé e Zagalo, o Brasil ganhou facilmente de 4 x 0, com gols de Pelé, Moacir (dois), Dida e Joel. Quatro dias depois, no Pacaembu, contra o mesmo time da Bulgária, a seleção brasileira ganhou pelo placar de 3 x 1, experimentando os jogadores Gilmar, Mauro, Jadir (do Flamengo), Orlando, Nílton Santos, Roberto Belangero, Moacir, Garrincha, Mazola, Gino, Pelé, Canhoteiro e Pepe. Pelé marcou dois gols, e Pepe completou o placar.
Outro amistoso ainda seria disputado no Brasil (21.05.1958), dessa feita contra o Corínthians. Realizado no estádio do Pacaembu, entrando em campo os jogadores Gilmar, Djalma Santos, Bellini, Orlando, Nílton Santos, Zito, Dino Sani, Didi, Garrincha, Mazola, Pelé, Vavá e Pepe, a equipe brasileira ganharia por 5 x 0, com dois gols de Pepe, dois de Garrincha e um de Mazola. Estava encerrada a série de amistosos em solo brasileiro. O negócio agora era a Europa. A sorte estava lançada. Assim, no dia 24 de maio do corrente ano, lá ia a seleção, rumo à Itália, para iniciar sua preparação à Copa, com diversos amistosos já agendados. O time titular da seleção seria definido a partir das atuações dos jogadores nesses jogos amistosos, com uma única exceção: Nílton Santos, o mais experiente entre todos os jogadores, era o único que tinha sua escalação garantida.
O primeiro desses amistosos foi contra o time italiano da Fiorentina, em 29 de maio, no estádio Comunale, localizado na aprazível cidade de Firenze. A seleção colocou em campo Gilmar, De Sordi, Djalma Santos, Bellini, Orlando, Nílton Santos, Dino Sani, Didi, Garrincha, Mazola, Moacir, Dida, Vavá e Pepe. Contra um time fraco, a seleção não teve dificuldade em ganhar de 4 x 0, com gols de Mazola (dois), Garrincha e Pepe. O segundo amistoso, em 01.06.1958, dessa feita contra a Internazionale de Milão, foi realizado no estádio San Siro, templo do time italiano. Mesmo com uma equipe mais bem estruturada, a Inter não resistiu ao escrete brasileiro, que contou com Castilho, Djalma Santos, Bellini, Orlando, Nilton Santos, Oreco, Dino Sani, Didi, Joel, Mazola, Dida, Vavá, Pepe e Zagalo, perdendo pelo mesmo placar – 4 x 0 –, gols de Dino Sani, Mazola, Dida e Zagalo.
Os dois bons resultados, contudo, não foram suficiente para que a equipe brasileira fosse definida; Feola, aborrecido com a atuação de Garrincha frente à Fiorentina, muito individualista para o gosto da Comissão Técnica (ficou famoso seu gol contra essa equipe, em que, após driblar todo mundo, finta o goleiro italiano, espera a chegada do zagueiro adversário, e só aí faz seu gol), foi barrado, Joel, do Flamengo, sendo considerado, a partir daí, titular da seleção. Garrincha nem entrou em campo contra a Inter de Milão.
No dia 08 de junho de 1958, o Brasil todo parado e em transe, a seleção brasileira entra em campo para iniciar sua participação oficial na Copa do Mundo da Suécia, país escolhido porque, assim como o país sede anterior – a Suiça –, por ter se mantido neutro durante a segunda Guerra Mundial, não necessitava de grandes investimentos em sua infra-estrutura, ao contrario da maioria dos países europeus. O primeiro time adversário seria a Áustria, uma seleção considerada das mais fracas do certame. Com Garrincha barrado, o time do Brasil foi escaldo, no esquema 4-2-4, com Gilmar, De Sordi, Bellini, Orlando, que ganhara a posição de Zózimo, e Nílton Santos; Didi (que estivera na iminência de ser barrado pela acusação de pouco se empenhar durante os treinos, proferindo a célebre frase “treino é treino, jogo é jogo”) e Dino Sani; Joel, Mazola Dida e Zagalo. Em um estádio lotado (21.000 espectadores), o time de Feola venceria o adversário pelo placar de 3 x 0, gols de Mazola (ainda no primeiro tempo, aos trinta e oito minutos), Nilton Santos, no começo do segundo tempo e, novamente, no segundo tempo, de Mazola, no finalzinho do jogo. Foi uma estréia realmente muito boa, enchendo de expectativas o torcedor brasileiro, ainda temeroso de um vexame da seleção nacional.
A forte seleção da Inglaterra seria a adversária seguinte. Em 11.06.1958, com a mesma formação, à exceção da entrada de Vavá no lugar de Dida, em um estádio com mais de 40.000 espectadores, o Brasil não conseguiu marcar, empatando em 0 x 0 com a seleção inglesa. Apesar do empate, o atacante do Vasco da Gama, Vavá, foi o destaque da partida, metendo uma bola na trave e se efetivando como titular do time. Entretanto, a atuação da seleção brasileira não agradara à Comissão Técnica, enquanto, no Brasil, os fantasmas de 1950 e de 1954 começavam a tomar forma.
E para piorar as coisas, o próximo adversário seria a seleção da União Soviética. Comentava-se que o time russo, (comentários esses, obviamente oriundos da Guerra Fria), era formado por jogadores robotizados, fruto de técnicas desenvolvidas nos laboratórios soviéticos, e fora preparado para ser a campeã nessa Copa do Mundo. O problema da seleção brasileira era que a Inglaterra jogaria contra a seleção da Áustria, que ainda não ganhara nenhum jogo, e bastaria uma simples vitória da Inglaterra para que o Brasil voltasse para caso, caso perdesse para a União Soviética. A vitória, assim, tornou-se vital para os sonhos brasileiros. Não obstante a história ser um tanto quanto fantasiosa, ficou para a posteridade que, sentindo que a barra estava ficando pesada para os lados da seleção brasileira, Nilton Santos, Didi e Bellini pressionaram a Comissão Técnica, exigindo a escalação de volante santista Zito, de Pelé e de Garrinha, como condição de enfrentar de igual para igual a forte seleção da URSS. Seja qual for a verdade, o fato é que, no dia 15.06.1958, o time brasileiro entrou em campo já contando com esses jogadores.
Foi uma exibição de gala da seleção brasileira, deixando atônitos os torcedores presentes no estádio Nya Ullevi, localizado na cidade de Gotemburgo. A desenvoltura da nova seleção, a harmonia que demonstrava, o desempenho de todo a seleção, deixaram embasbacados os cronistas esportivos do mundo inteiro presentes ao estádio. Sob o comando da dupla de meio-de-campo Zito e Didi, não demorou e o Brasil emplacou 2 x 0 (aos dois minutos do primeiro tempo e aos 20, do segundo), ambos do impetuoso atacante Vavá, do Vasco da Gama. Foi o início da lenda. O time brasileiro já saiu do campo considerado um dos mais fortes concorrentes ao título máximo. Garrincha, por seus desconcertantes dribles, se tornou um ídolo mundial instantâneo. O Brasil passara para as quartas-de-final. A fama da seleção da União Soviética ruiu como um castelo de cartas e a história de jogadores “robôs”, desmoralizada.
Brasil 2 X 0 União Soviética.
Nas quartas-de-final, em 19.06.1958, o primeiro time a ser enfrentado seria a seleção do País de Gales, outra vez no estádio Nya Ullevi de Gotemburgo. Entrando em campo com a mesma formação anterior, o Brasil encontrou dificuldades para romper a forte retranca imposta pela seleção galesa, até que, após quase 75 minutos de jogo, Pelé abre o placar para a seleção brasileira. Foi uma vitória suada pelo placar de 1 X 0, que, entretanto, serviu de importante teste para os jogadores brasileiros, especialmente os mais jovens. Nesse jogo, Pelé se torna definitivamente o titular da camisa 10 da seleção. A França seria a adversária seguinte na semifinal da Copa, que aconteceria, dessa feita, na capital, Estocolmo.
Brasil 1 X 0 País de Gales.
A França vinha com uma forte seleção para essa Copa do Mundo. Para se ter uma idéia de seu potencial, ela terminaria o certame em terceiro lugar, com o ataque mais positivo e c
om o artilheiro, Just Fontaine (13 gols). Porém, no dia 24.06.1958, no estádio Rasunda, em Estocolmo, a seleção canarinho entra em campo de forma avassaladora. Se a crônica esportiva do mundo inteiro ficou impressionada com o desempenho do time brasileiro contra a União Soviética, dessa feita, o efeito foi hipnotizador. Vavá abriu o placar logo aos dois minutos, mas, o artilheiro Just Fontaine empatou a partida aos nove do primeiro tempo, sendo esse o primeiro gol sofrido pelo goleiro Gilmar. Ainda no primeiro tempo, Didi desempatava para o Brasil para delírio dos torcedores. Pelé, com seus três gols no segundo tempo, se tornou o novo fenômeno da Copa. A França ainda marcaria seu segundo gol. O placar de 5 x 2 favorável ao Brasil deixou o time favoritíssimo para essa Copa, tornando-se a sensação do torneio. A seleção brasileira estava, pela segunda vez, numa final de Copa de Mundo. Enquanto isso, aqui no Brasil, a euforia tomava conta dos torcedores. O ufanismo era geral. A atuação do juiz do País de Gales, porém, deixou os cronistas desportivos brasileiros possessos, todos o acusando de tentar roubar o Brasil. No entanto, entre os torcedores brasileiros, o título já era considerado favas contadas.
Brasil 5 X 2 França.
Finalmente chegou o dia da decisão. Seria contra a dona da casa, a Suécia, que chegara, com méritos, a essa decisão, classificando-se para as quarta de final ganhando do México por 3 x 1, da Hungria por 2 x 1 e empatando com o País de Gales por 0 x 0. Nas quarta-de-final, classificou-se para as semifinais, ao ganhar da União Soviética pelo placar de 2 x 0. E para confirmar o melhor momento de seu futebol, abateu o sempre forte time da Alemanha Ocidental por 3 x 1, uma façanha que deixou os torcedores suecos em êxtase, pois, nem em seus melhores sonhos, eles esperavam que o time chegasse às finais de uma Copa do Mundo.
Era um domingo, o dia, 29 de junho de 1958, a hora, 10h45m, horário do Brasil. As chuvas que caíram na véspera da final deixaram apreensivos os jogadores brasileiros, acostumados ao toque de bola e aos longos lançamentos de Zito e de Didi. O estádio de Rasunda estava lotado de torcedores da seleção adversária (50.000 torcedores). Assim que se perfilam antes do jogo, o rei Gustavo entra em campo, cumprimentando todos os jogadores. Dessa feita, o time brasileiro entraria com uma modificação, com a entrada de Djalma Santos no lugar do lateral-esquerdo De Sordi. O Brasil entrava em campo com um improvisado uniforme azul, já que a preferência do uso da cor amarela cabia à dona da casa.
Brasil 5 X 2 Suécia.
Coube a Vavá o primeiro lance, tocando para Pelé. O nervosismo era geral de ambas as partes, com um começo de partida em que os adversários se estudavam. Mestre Didi foi o primeiro a testar as habilidades do goleiro Svensson, sem sucesso. Só que, com apenas 4 minutos de partida, o atacante Liedholm avança, dribla a dupla de área vascaína, Bellini e Orlando, e lança seu petardo. Gilmar nada pôde fazer. A Suécia abria o placar para delírio de sua enorme torcida que lotava o estádio.
De qualquer forma, o gol adversário não intimidou a seleção brasileira. Garrincha, demonstrando estar em boa forma, obriga o goleiro sueco a executar, logo a seguir, boa intervenção. Aos sete minutos, Pelé quase marca, ao receber precioso passe de Zagalo, escorregando no momento crucial. Nesse momento, o time brasileiro já demonstrava personalidade e partia com determinação contra a zaga sueca, que se defendia, jogando a bola para escanteio. Na primeira vez, Garrincha desperdiçou a oportunidade. Na segunda, cobrada de forma excepcional por Zagalo – uma bola forte e rasteira – o goleiro sueco ficou a ver navios: Vavá, de forma impetuosa, se meteu entre os zagueiros e, na raça, empatava a partida. A partir daí, o Brasil começava a dominar a partida. Enquanto Zito e Didi protegiam a defesa, Garrincha, geralmente marcado por mais de um jogador da Suécia, como sempre, dava seu show particular, dando início à desestruturação da defesa adversária. E foi exatamente ele quem quase desempatou a partida, ao centrar com força uma bola para dentro da área, obrigando o beque central Gustavsson a cortar a bola para escanteio, quase marcando gol contra.
Brasil 5 X 2 Suécia (completo).
A defesa brasileira, nesse ínterim, atuava de forma perfeita, com destaque para a dupla Bellini e Orlando, que impedia todos os avanços dos atacantes suecos, a essa altura tentando utilizar jogadas aéreas cruzadas para a área, e para Nílton Santos, um gigante na defesa, que não se furtava em utilizar jogadas duras nos momentos mais difíceis, deixando receoso o ataque inimigo.
Aos 28m, o time sueco teve sua melhor chance até então na partida; em um cruzamento, Gilmar foi batido e a bola estava entrando quando Zagalo, providencialmente, chega e consegue desviar a bola do gol brasileiro. Esse lance pareceu a senha para a seleção se posicionar de forma mais concatenada e, passados poucos minutos, Garrincha, em jogada infernal, dribla o primeiro de seus marcadores, dribla o segundo e, da linha de fundo do lado direito, cruza de forma perfeita para a grande área e encontra o artilheiro Vavá. O goleiro Svensson ainda tenta salvar sua equipe pulando como gato nos pés do atacante brasileiro. Muito tarde, porém. Era o desempate da partida. O Brasil chegava ao fim do primeiro tempo com o placar de 2 x 1 a seu favor.
O Brasil entra em campo para o segundo tempo de forma desinibida e apaixonada. A equipe se mostrava perfeita, tanto no ataque quanto na defesa. Parecia atuar por música. Até que, aos nove minutos, aconteceu o momento da consagração definitiva de Pelé; o jogador recebe um belo passe de costas para o gol da Suécia. O zagueiro Gustavsson corre para tentar anular o lance e, para sua surpresa, Pelé, que matara a bola no peito, aplica-lhe o famoso “lençol”, e, antes que a bola caísse no chão, de sem-pulo, atira para o gol adversário. Um gol espantoso pela beleza, o mais perfeito dessa Copa do Mundo. Desse momento em diante, a Suécia se curvava, definitivamente, diante da seleção brasileira, que exibia um futebol de gala, deslumbrando os torcedores suecos, que então já aplaudiam o desempenho dos jogadores brasileiros
Gol de Pelé contra a Suécia que entrou para a História.
Na realidade, o que surpreendia os suecos era a desenvoltura de todo o time brasileiro. Não havia posicionamento rígido de nenhum jogador da linha de ataque, Garrincha podendo aparecer de repente na área, enquanto Pelé caía para a ponta esquerda. No meio de campo Didi dava as cartas, impressionando meio mundo por sua classe em campo. Diante de tal atuação, novo gol era esperado a qualquer momento. E foi o que aconteceu. Aos vinte minutos, o ponta-esquerda Zagalo, de repente, aparece na área sueca, a bola em seus pés; ginga diante de seu marcador e, novamente, na saída do goleiro Svensson, os dois disputando a bola, atira inapelavelmente para o gol, mesmo caído na pequena área. Era o quarto gol. O sonho de ganhar a primeira Copa do Mundo para o Brasil, uma possibilidade mais que real. Por aqui, a festa já começara. Na cabeça dos torcedores, não tinha mais jeito. A seleção brasileira já era a campeã.
Apesar do show brasileiro, o time sueco não estava morto. Aos 34 minutos, recebendo um passe em impedimento, o atacante Simonsson não titubeia, vence Gilmar que tentava cortar a jogada, e marca o segundo gol da seleção da Suécia. Os jogadores reclamaram, o bandeirinha deu impedimento, mas, o juiz confirmou o gol, ficando a partida em 4 x 2 para o Brasil.
A seleção brasileira, então, começou a esfriar a partida, esperando o final. Era a hora das exibições individuais. Todos brilhavam em campo, somente esperando o apito do juiz encerrando a partida. Quando tudo parecia acertado, o foguetório e o carnaval fora de época tomando conta de todo o Brasil, aos 45 minutos e 30 segundos (ou 30 segundos para o encerramento da partida), Zagalo centra para a área e encontra Pelé desmarcado. O novo gênio do futebol mundial acerta uma cabeçada certeira e aumenta o placar para 5 x 2. Não dava tempo para mais nada. O juiz encerra a partida. O Brasil é o campeão da Copa do Mundo de 1958.
Não demorou e começava a deificação da seleção brasileira. A eficiência do time, a noção de conjunto e a arte de jogar demonstrada por todos, foram o assunto de toda a crônica esportiva mundial. Pelé foi eleito a revelação do torneio, iniciando sua escalada para se tornar o rei do futebol mundial. Na seleção da Copa daquele ano, com recorde de países inscritos (53 países, 46 efetivamente participando), só não entraram os jogadores Zagalo, Orlando e Zito, demonstrando a superioridade da seleção canarinho. Uma das imagens que ficaram imortalizadas nessa Copa foi a do Capitão Bellini erguendo triunfalmente a taça Jules Rimet, em um gesto nunca feito antes e que se repetiria por todos a partir daí. Outra, a do garoto Pelé, chorando, sendo afagado por Gilmar, seu companheiro mais experiente.A chegada ao Brasil foi tumultuada e gloriosa. Uma apoteose. Desfilaram em carro aberto, foram recebidos com pompas pelo presidente Juscelino Kubitschek e os jogadores se tornaram ídolos tais como os astros do cinema e da televisão. Falava-se, inclusive, que o capitão Bellini, com pinta de galã, tinha sido sondado para ser astro em Hollywood. Mazola e Dino Sani já estavam contratados para atuarem na Europa. O Brasil, por sua conquista se tornara assunto mundial.
Garrinha, Alegria do Povo.
E Mané Garrincha? Ao chegar, sob festas e fogos de artifício, conquistara Angelita Martinez, uma das vedetes mais lindas (e ambiciosas) do Brasil, ex-mulher do cantor Chucho Martinez, ex-amante do craque flamenguista Pavão e, comenta-se, até de Jango Goulart, que, para a glória do ponta-direita brasileiro, gravaria para o carnaval do ano seguinte, a marchinha Mané Garrincha, letra do mestre Wilson Batista, cheia de duplos sentidos, uma das mais cantadas e executadas em todo o país. Sobre as repercussões desta música, o leitor terá que esperar mais um pouco. Até 1959.
O Brasil entra em campo para o segundo tempo de forma desinibida e apaixonada. A equipe se mostrava perfeita, tanto no ataque quanto na defesa. Parecia atuar por música. Até que, aos nove minutos, aconteceu o momento da consagração definitiva de Pelé; o jogador recebe um belo passe de costas para o gol da Suécia. O zagueiro Gustavsson corre para tentar anular o lance e, para sua surpresa, Pelé, que matara a bola no peito, aplica-lhe o famoso “lençol”, e, antes que a bola caísse no chão, de sem-pulo, atira para o gol adversário. Um gol espantoso pela beleza, o mais perfeito dessa Copa do Mundo. Desse momento em diante, a Suécia se curvava, definitivamente, diante da seleção brasileira, que exibia um futebol de gala, deslumbrando os torcedores suecos, que então já aplaudiam o desempenho dos jogadores brasileiros
Gol de Pelé contra a Suécia que entrou para a História.
Na realidade, o que surpreendia os suecos era a desenvoltura de todo o time brasileiro. Não havia posicionamento rígido de nenhum jogador da linha de ataque, Garrincha podendo aparecer de repente na área, enquanto Pelé caía para a ponta esquerda. No meio de campo Didi dava as cartas, impressionando meio mundo por sua classe em campo. Diante de tal atuação, novo gol era esperado a qualquer momento. E foi o que aconteceu. Aos vinte minutos, o ponta-esquerda Zagalo, de repente, aparece na área sueca, a bola em seus pés; ginga diante de seu marcador e, novamente, na saída do goleiro Svensson, os dois disputando a bola, atira inapelavelmente para o gol, mesmo caído na pequena área. Era o quarto gol. O sonho de ganhar a primeira Copa do Mundo para o Brasil, uma possibilidade mais que real. Por aqui, a festa já começara. Na cabeça dos torcedores, não tinha mais jeito. A seleção brasileira já era a campeã.
Apesar do show brasileiro, o time sueco não estava morto. Aos 34 minutos, recebendo um passe em impedimento, o atacante Simonsson não titubeia, vence Gilmar que tentava cortar a jogada, e marca o segundo gol da seleção da Suécia. Os jogadores reclamaram, o bandeirinha deu impedimento, mas, o juiz confirmou o gol, ficando a partida em 4 x 2 para o Brasil.
A seleção brasileira, então, começou a esfriar a partida, esperando o final. Era a hora das exibições individuais. Todos brilhavam em campo, somente esperando o apito do juiz encerrando a partida. Quando tudo parecia acertado, o foguetório e o carnaval fora de época tomando conta de todo o Brasil, aos 45 minutos e 30 segundos (ou 30 segundos para o encerramento da partida), Zagalo centra para a área e encontra Pelé desmarcado. O novo gênio do futebol mundial acerta uma cabeçada certeira e aumenta o placar para 5 x 2. Não dava tempo para mais nada. O juiz encerra a partida. O Brasil é o campeão da Copa do Mundo de 1958.
Garrinha, Alegria do Povo.
E Mané Garrincha? Ao chegar, sob festas e fogos de artifício, conquistara Angelita Martinez, uma das vedetes mais lindas (e ambiciosas) do Brasil, ex-mulher do cantor Chucho Martinez, ex-amante do craque flamenguista Pavão e, comenta-se, até de Jango Goulart, que, para a glória do ponta-direita brasileiro, gravaria para o carnaval do ano seguinte, a marchinha Mané Garrincha, letra do mestre Wilson Batista, cheia de duplos sentidos, uma das mais cantadas e executadas em todo o país. Sobre as repercussões desta música, o leitor terá que esperar mais um pouco. Até 1959.
11 comentários:
Realmente foi muito bom o texto, mas gostaria de saber o nome do juiz.
Muito bom o texto e está de parabéns o Blog. Gostaria de saber a escalação do time da final e numeração de cada um. Pois estou querendo fazer um time de futebol de mesa desse Brasil 58
Meu e-mail: mktpequeno@hotmail.com
Bela narrativa. Fica só a observação de que a primeira final do Brasil em Copas do Mundo foi a perdida no Maracanã contra o Uruguai e no texto consta que após a vitória sobre a França seria a 1ªvez que a nossa seleção chegaria a uma final. Só um detalhe.
Trilha sonoroa maravilhosa.
Viva a história maravilhosa do nosso futebol!!!Obrigado!!!
Prezado Rubem,
Obrigado pela atenção. Sua correção já foi postada.
Qualquer outra coisa, favor me informar, pelo qual já lhe agradeço.
Zé Fialho
ótimas informações mas eu queria saber quais foram os times que jogaram contra o Brasil e as músicas da torcida
manu o texto é bom
mais quantas copas tem ai?
depois vc responde aew
Achei ótimo o texto os vídeos e acho uma boa idéia mostrar a escalação e a numeração de cada um dos jogadores!!!
Mas esta perfeito tudo oque li e tudo oque assisti!!!
!!!OBRIGADA!!!
Gostaria de saber o nome e o autor da musica na copa de 1958 que contem os nomes dos jogadores que atuaram na época? Gilmar, de Sordi e Bellini e logo a seguir falava sobre balançara a roseira. O brigado.
Quero o nome da música que relata a escalação do Brasil na copa de 1958. Andre e-mail andrerj88@oi.cm.br
Ótimo post... muito informativo. Parabéns!
Mas creio que você tenha esquecido de mencionar pelo menos 2 ou 3 nomes importantes dessa lista de "injustiçados" da Copa de 58.
Luizinho, do Corinthians; Julinho Botelho, que estava na Fiorentina; e até o Larry (do Internacional) talvez entraria, não?
Parabéns pelo blog zé.... Show de bola....
Como nasci no final da decada de 70 aqui tem boas historias...
qt ao Arbitro da final que o amigo abaixo perguntou... O árbitro francês Maurice Guigue, que comandou a final da Copa do Mundo de 1958 entre Suécia x Brasil
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