Não obstante o entusiasmo com que se recebeu a notícia da fundação da Cia. Cinematográfica Vera Cruz, que abria (ou parecia abrir) um novo horizonte à cinedramaturgia brasileira, os fortes boatos de que a Cinédia, um dos mais antigos estúdios brasileiros, fundado pelo legendário Adhemar Gonzaga ainda na década de 30, estava na iminência de fechar suas portas nesse ano de 1949 surpreendem e entristecem os cinéfilos brasileiros.
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Transformando a produção cinematográfica brasileira, quando se sua criação, a Cinédia opta então por seguir um tipo de gerenciamento ainda inédito no Brasil, criando uma empresa em moldes capitalistas, a exemplo de suas congêneres americanas; seus funcionários e técnicos são mantidos em constante atividade, todos efetivamente contratados pela empresa e trabalhando em estúdios bem montados e com equipamentos modernos. Com tudo isso, Gonzaga pôde se cercar com o que de melhor existia na cinematografia brasileira, ambicionando exibir (obviamente sem conseguir) ao menos um filme por mês. O paralelo com a futura Vera Cruz é evidente.
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Para inaugurar sua companhia cinematográfica, Gonzaga trouxera de Minas Gerais – mais precisamente de Cataguases – o jovem cineasta Humberto Mauro, que montara em sua cidade um pólo de cinema admirado em todo o Brasil, e que teria a responsabilidade de dirigir o primeiro filme da Cinédia: Lábios Sem Beijos (1930), projeto de Gonzaga, impedido de realizá-lo devido a problemas burocráticos e outros advindos da montagem de seus novos estúdios.
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Para inaugurar sua companhia cinematográfica, Gonzaga trouxera de Minas Gerais – mais precisamente de Cataguases – o jovem cineasta Humberto Mauro, que montara em sua cidade um pólo de cinema admirado em todo o Brasil, e que teria a responsabilidade de dirigir o primeiro filme da Cinédia: Lábios Sem Beijos (1930), projeto de Gonzaga, impedido de realizá-lo devido a problemas burocráticos e outros advindos da montagem de seus novos estúdios.