18.10.06

BAIÃO X BOLERO

Dois ritmos dominam a cena musical brasileira em 1949: o baião e o bolero (e, por extensão, vários ritmos latino-americanos), este último alavancado pelo esmagador sucesso que o cinema mexicano fazia no Brasil naquele momento. Maria Félix (conhecida como La Dona, a mais famosa estrela mexicana de todos os tempos e musa do maior compositor do México, Agustin Lara), Arturo de Cordoba, Pedro Infante, Libertad Lamarque, Miroslava (atriz de ascendência tcheca, que se suicidou aos 30 anos, segundo a lenda, por amor ao famoso toureiro espanhol Dominguin, que, recentemente, se casara com a atriz Lucia Bosé), Pedro Armendariz, Maria Antonieta Pons, Ninon Sevilla e companhia eram tão conhecidos como Bette Davis, James Stewart, Marlon Brando, Lana Turner, Tyrone Power, Jennifer Jones, Alan Ladd, Cary Grant, Ingrid Bergman, Bing Crosby e outros astros hollywoodianos.

Reza a lenda que foi Pedro Vargas, no auge da popularidade, quem introduziu o bolero no Brasil, ainda em 1941, quand
o de uma temporada no Cassino da Urca. Mas, suas origens são confusas e, como o baião, se perdem no tempo. Estudiosos há que afirmam que ele existe desde o século XVIII (1780) como derivação das "següidillas", bailado cigano, onde as bailarinas usavam as "boleras", pequenas bolas que ornavam seus longos vestidos. Outros afirmam que o bolero é uma variação do fandango, dança muito popular na Espanha no século 18. Atualmente, é absolutamente certo de que sua origem é cubana, a partir da fusão de diversos ritmos, especialmente o danzon, particularmente popular em toda Cuba, país que nos ofertou o primeiro bolero conhecido, Tristezas, de Pepe Sanches. 
.
Pedro Vargas interpretando Las Mañanitas




Contudo, foi no México, com a irresistível ascensão da distribuidora cinematográfica Pelmex, que esse ritmo atingiu suas características mais dramáticas - o famosíssimo Agustín Lara, marido da poderosa Maria Felix, "La Dona", à frente - abordando o amor impossível, o desespero, a traição etc. Assim, os títulos das músicas refletem, sobremaneira, o jeito melodramático de se compor o bolero, cujos destaques ficam para Suicídio, Hipócrita, Frenesi, Perfídia, Lágrimas de Sangue, Perdida, Pecadora, Desesperadamente e outras do mesmo jaez.



Antonio Badú interpretando Hipócrita.






Emilio Tuero interpretando Frenesi.





Nat "King" Cole intrepretando Perfidia.





Agustin Lara interpretando Maria Bonita.





Trio los Panchos interpretando Perdida.





***

A origem do termo "baião" também se perde no tempo e é motivo de controvérsias até hoje. A maioria dos estudiosos atualmente aceita que remonta ao século XIX, como variação de "baiana", sendo uma dança muito popular no nordeste do Brasil, e geralmente executada com sanfona. Quando foi trazido por Luiz Gonzaga para o sul, já estava bastante influenciado pelo samba e outros ritmos urbanos.

Luiz Gonzaga (13/12/1912), da cidade de Exu, Pernambuco, que passaria à história como “O Rei do Baião”, e um dos maiores compositores do Brasil de todos os tempos, já era um nome conhecido da ribalta desde 1941, quando conseguira gravar dois discos em 78 rpm, pela RCA Victor, uma mazurca, Véspera de São João (Luiz Gonzaga/Francisco Reis, duas valsas, Numa Serenata (Luiz Gonzaga) e Saudades de São João del Rei (Luiz Gonzaga), e o chamego Vira e Mexe (Luiz Gonzaga), que conseguem relativo êxito.

Até chegar a esse ponto, contudo, longo tinha sido o caminho trilhado por ele. Filho de velho sanfoneiro Januário, tocador famoso nos bailes da região e com quem Gonzaga aprendera a tocar, já é, aos 18 anos, um sanfoneiro bastante bem conhecido em vários lugares, porque, a exemplo do pai, desde pequeno começa também a tocar em toda a parte. Isso até 1930, quando, depois de ir para Fortaleza, Ceará, entra para o Exército. Para seu azar (ou sorte), logo é deflagrada a revolução de 30, com epicentro na Paraíba. O batalhão de que fazia parte segue então para aquele Estado e depois para outros, até que chega a Juiz de Fora, nas Minas Gerais. Logo, logo, chega-se a Dominguinhos Ambrósio, sanfoneiro de fama e que, por coincidência, também estava a serviço do Exército na cidade mineira. Gonzaga aproveita a amizade e aprimora seus conhecimentos com o amigo, além de aprender os maiores sucessos do sul maravilha.

Depois de um período em Ouro Fino, também em Minas Gerais, e um período em São Paulo, segue, em 1939, para o Rio de Janeiro, onde dá baixa no Exército. Em companhia de um guitarrista português, Xavier Pinheiro, começa a tocar em todos os inferninhos e bares da área boêmia, principalmente nos cabarés da Lapa. Basicamente, tocava fados, foxes, valsas e tangos, não se avexando de também tocar nas ruas, depois passando o chapéu para recolher alguns trocados.


Então, como dez em dez artistas de seu tempo, vai tentar a sorte nos programas de calouros, febre nacional e reveladores de vários cantores que depois viraram ídolos nacionais. Tocava, invariavelmente, ritmos estrangeiros, não obtendo, porém, êxito algum. Até que, no mais conhecido programa de calouros do Brasil, o programa de Ary Barroso, canta exatamente Vira e Mexe, que faz grande sucesso.
 

Luiz Gonzaga interpretando Vira e Mexe.

 

Iniciando realmente, a partir dessa época, sua carreira, Lula passa então a participar então de vários programas radiofônicos, até que, convidado por Genésio Arruda para acompanhá-lo ao acordeom em uma gravação, recebe a proposta da RCA Victor de gravar os dois discos acima citados. Logo também assina contrato com a Rádio Clube do Brasil, onde teve a oportunidade de substituir o grande Antenógenes Silva em um dos programas em que este último atuava, Alma do Sertão. As coisas começavam a dar certo para o pernambucano Luiz Gonzaga.

Em 1943, Chamego, após receber letra de Miguel Lima, é gravada por Carmen Costa e alcança grande sucesso, lançando a cantora negra ao estrelato. Esse reconhecimento abre mais portas para Gonzagão, tanto que, no mesmo ano, grava outra mazurca, sua e do mesmo Miguel Lima, com o título de Dança, Mariquinha. Em 1944, depois de um período na Rádio Tamoio, vai, como uma enormidade de outros artistas, para a Rádio Nacional, então formando um elenco sem a menor sombra de dúvidas. 
.
Carmen Costa interpretando Chamego 















O cantor Manezinho Araújo, famoso por suas emboladas, leva novamente Luiz Gonzaga para as paradas de sucessos. Em 1945, lança o calango Dezessete e Setecentos, formidável êxito popular, que ajuda a tornar o nome de Lua (apelido que lhe foi dado pelo animador de auditórios Paulo Gracindo) conhecido nacionalmente. Nesse mesmo ano, sempre com seu parceiro constante, Miguel Lima, entra novamente nas paradas com a mazurca Cortando Pano. Até 1945, pelo que vimos, o velho Lua ainda não estava definido musicalmente, gravando mazurcas, valsas, chamegos, calangos e outros ritmos, sem se fixar somente em ritmos nordestinos. Entretanto, esse foi o ano que mudaria sua vida musical, quando conhece Humberto Teixeira, que, daí em diante, seria seu parceiro em grandes sucessos durante quase toda a década de 50.
 
Manezinho Araújo interpretando Dezessete e Setecentos.



 

















Luiz Gonzaga interpretando Cortando Pano.



















  Em 1946, lança sua composição-manifesto, Baião, feita em parceria com seu recém-parceiro, Humberto Teixeira, que, gravada pelos Quatro Ases e Um Coringa, se torna um êxito imediato:



 

"Eu vou mostrar pra vocês
Como se dança o baião
E quem quiser aprender
É só prestar atenção.

Morena chegue pra cá
Bem junto ao meu coração
Agora é só me seguir
Pois eu vou dançar o baião.

Eu já dancei balanceio
chamego, samba e xerém
Mas o baião tem um quê
Que as outras danças não têm.

Quem quiser é só dizer
Pois eu com satisfação
Vou dançar cantando o baião.

Eu já dancei no Pará
Toquei sanfona em Belém
Cantei lá no Ceará
E sei o que me convém.

Por isso eu quero afirmar
Com toda convicção que sou louco por baião.

 

  Luiz Gonzaga interpretando Baião.







Esta música foi uma espécie de senha para o sucesso. A partir daí, seguem-se um rosário de êxitos, como Paraíba, No Meu Pé de Serra (1946), Asa Branca (1947), Juazeiro (1948), Siridó (1948) e outras com maior ou menor sucesso.

Luiz Gonzaga e interpretando Asa Branca.


.
  

Luiz Gonzaga interpretando Juazeiro.





Seu sucesso continua neste ano de 1949, ao colocar nas paradas da Revista do Rádio mais três músicas: A Moda da Mula Preta (abril/49), Mangaratiba (out./49) e Qui Nem Jiló (dez./49). Luiz Gonzaga atravessaria com êxito quase toda a década de 50, tornando-se, a partir daí, um ícone das artes brasileiras.
 

Marlene interpretando Qui Nem Jiló.
















Luiz Gonzaga e Carmélia Alves interpretando um pout-pourri de baiões





Ao mesmo tempo, além das músicas regionais, que experimentavam grande aceitação popular (talvez, devido ao momento histórico em que vivia o Brasil), 1949 testemunhou o surgimento de vários sucessos urbanos ocasionais: Cabelos Brancos, com os Quatro Ases e Um Coringa; Chuvas de Verão, com Francisco Alves; Normalista, com Nelson Gonçalves; Jamais te Esquecerei, com Rago; André de Sapato Novo, com Benedito Lacerda e Pixinguinha; Passarinho na Lagoa, com Dircinha Batista; Nega, com os Anjos do Inferno; Violão, com Onésimo Gomes; Na Glória, com Raul de Barros; Brasileirinho, com Waldir Azevedo; Silencioso, com Albertinho Fortuna; Me Leva, com Carmélia Alves e Ivon Curi etc.), além de uma ou outra música francesa (La Mer, com Charles Trenet, La Vie en Rose, em gravações distintas de Jean Sablon e Edith Piaf, Douce France, com Charles Trenet) e americana (Brazil, com Les Paul, Balerina, com Bing Crosby, Love Letters, com Victor Young, On a Slow Boat to China, com Benny Goodman, It’s Magic, com Gordon MacRae etc., muitos, atualmente, clássicos da música popular brasileira e internacional.

Nelson Gonçalves interpretando Chuvas de Verão.


Casuarina interpretando Cabelos Brancos.




Altamiro Carrilho interpretando André de Sapato Novo.
 

Raul de Barros interpretando Na Glória.






Altamiro Carrilho e mintcho Garrammone interpretando Brasileirinho.


 

Charles Trenet interpretando La Mer.
















Edith Piaf interpretando La Vie en Rose.

 
















Les Paul interpretando Brazil.




 

Patti Page  interpretando Love Letters.





















The Platters interpretando In a Slow Boat to China.






Doris Day interpretando It's Magic.

















Rago interpretando Jamais te Esquecerei.















E para os mais americanizados, advindos, basicamente, da alta classe média urbana (principalmente carioca), havia Dick Farney, que estourara nas paradas de sucessos em 1947, interpretando Copacabana, de João de Barro e Alberto Ribeiro.



Farnésio Dutra e Silva (14.11.1921) pode ser considerado a imagem paradigma da influência da música norte-americana no Brasil, música essa que começava a invadir o mercado musical com irresistível força com o fim da 2.ª Guerra Mundial.



Nascido no Rio de Janeiro, Farnésio Dutra foi introduzido à música pelos próprios pais, aprendendo com eles noções de canto e de piano, o que lhe seria de muita valia com o passar dos anos e com o seu posterior engajamento na cena musical. Seu envolvimento, digamos assim, com a música ianque, entretanto, vinha de muito antes; sua estréia como cantor aconteceu em 1937, no programa "Hora Juvenil" da Rádio Cruzeiro do Sul, cantando - em inglês - a música Deep Purple, de David Rose. Com pinta de artista de cinema (irmão do galã da Atlântida Cyll Farney), logo chama a atenção do famoso radialista César Ladeira, que o lança na Rádio Mayrink Veiga, cantando músicas americanas e se acompanhando ao piano. Daí para a orquestra de Carlos Machado foi um pulo; como integrante dessa orquestra, trabalhou no Cassino da Urca de 1941 a 1944, ano também em que grava, pela Continental, sua primeira música como cantor (agora com a orquestra de Firmino Filho), o fox-trot The Music Stopped, da lendária dupla Rodgers e Hart. Apesar da pouca repercussão dessa sua primeira gravação, a Continental – leia-se João de Barro – houve por bem aproveitá-lo como cantor, acreditando em suas possibilidades. Desta forma, em 1946, lança um dos maiores sucessos de sua carreira, o samba-canção Copacabana (João de Barro), música que, segundo Ruy Castro, "(...) demonstrara aos infiéis que era possível ser moderno, romântico e sensual em português, sem os arroubos de opereta de Vicente Celestino”. Deste então, a música se tornou imortal:


“Existem praias tão linda
Cheias de luz
Nenhuma tem o encanto
Que tu possuis.

Tuas areias
Teu céu tão lindo
Tuas sereias
Sempre sorrindo
Sempre sorrindo.

Copacabana,
Princesinha do mar
Pelas manhãs
Tu és a vida a cantar.

E à tardinha
O sol poente
Deixa uma saudade
Na gente.

Copacabana
O mar eterno cantor
Ao te beijar
Ficou perdido de amor.

E hoje vivo
A murmurar
Só a ti, Copacabana
Eu hei de amar.”



Dick Farney interpretando Copacabana.




 Mas, os sonhos dourados do agora Dick Farney eram outros; sua ambição maior era vencer no mercado norte-americano, aproveitando sua elogiada voz de veludo, um misto de Bing Crosby e Frank Sinatra, o máximo para um pequeno círculo de fãs que o adulava e incentivava. E não demora muito, entusiasmado com o recente sucesso, lá se foi ele para os States, para cumprir um contrato de 52 semanas (ou seriam 56?), atuando na Rádio NBC e se apresentando em várias grandes cidades americanas, inclusive em Hollywood.

Enquanto isso, também em 1947, consegue outro sucesso formidável aqui no Brasil, com a música Marina, de Dorival Caymmi, gravada antes de sua viagem para os Estados Unidos. Esta gravação se tornou clássica, entrando em quase todas as antologias das melhores músicas brasileiras de todos os tempos:

“Marina, morena Marina
Você se pintou
Marina, você faça tudo
Mas faça um favor.

Não pinte este rosto que eu gosto
E que é só meu
Marina, você já é bonita
Com o que Deus lhe deu.

Me aborreci, me zanguei
Já não posso falar
E quando eu me zango
Marina, não sei perdoar.


Eu já descobri muita coisa
Você não arranjava outro igual
Desculpa, Marina morena
Mas estou de mal.”

 


 Dick Farney interpretando Marina.
















Em 1948, ano em que volta definitivamente para o Brasil, fracassado seu sonho de se tornar ídolo em plagas alienígenas, emplaca outro grande sucesso, Um Cantinho Para Você, de José Maria de Abreu e Jair Amorim.Agora, em 1949, está, mais do que nunca, em evidência, graças à gravação de Nick Bar, de Garoto e José Vasconcelos, e de Ponto Final, de José Maria de Abreu e Jair Amorim. A letra de Nick Bar, completamente diferente de quase tudo que já fora feito no Brasil em termos musicais, é um misto de várias midias, cinema e rádio, principalmente. Logo em seu início, somos introduzidos a um pequeno bar, local onde o cantor trava o seguinte diálogo com o garçom:

“Boa noite.
Boa noite.

Sozinho hoje?
Estou. Queria aquela mesa junto do piano.
Pois não.
Maestro."


Após este diálogo, um prólogo, começa a música propriamente dita:

“Foi neste bar pequenino
Onde encontrei meu amor
Noites e noites sozinho
Vivo curtindo uma dor.

Todas as juras sentidas
Que o coração já guardou
Hoje são coisas perdidas
Que o eco ouviu e calou.

Você partiu e me deixou
Não sei viver sem teu olhar
E o que sonhei só me lembrou
Nossos encontros no Nick Bar.”


De novo, cessa a música, e o diálogo termina:

"Boa noite.
Boa noite.”
Dick Farney interpretando Nick Bar.
















De fazer inveja em qualquer um foi o quarteto que acompanharia Dick Farney nesta música: Radamés Gnattali (que também se assinava Vero) ao piano; Garoto no violão; Vidal no baixo e Trinca na bateria. Com tantos bambas, a gravação não poderia mesmo dar errada. Já Ponto Final nem esquentou as prateleiras, indo direto para as paradas de sucessos:

“Não me pergunte a razão
Não me atormente demais
Falo por meu coração
Tudo acabou, nada mais
Sinto muito, mulher
Mas é tarde
Esta chama de amor
Já não arde.

Faça de conta que eu sou
Como alguém que morreu
Como a fumaça que passa
E se esgarça a voar no ar.

Uma história incolor
Foi aquela
Um capítulo a mais
De novela.

Nossa comédia acabou
Sem aplauso sequer
Quando o pano baixou
Pôs-se o ponto final.”


Dick Farney interpretando Ponto Final.








A classe média, afinal, encontrara seu ídolo.

 

                                                ***

  
Só que o sucesso popular mesmo, em termos de vendagem e de execução nas rádios por todo o Brasil, juntamente com o baião, se chama BOLERO (e congêneres). Ao longo do ano, vários artistas latino-americanos emplacam sucesso atrás de sucesso. Gregório Barrios domina as paradas com Una Mujer, Maria Bonita,(sucesso também nas vozes de vários cantores latinos), Pecadora, Final, Vinganza, Palabras de Mujer, Luna Lunera, Somos e Frio en el Alma. Seguem-se Pedro Vargas (Pecadora, Maria Bonita), Chucho Martinez (Si Mui Bien Qui Vendras, Maria Bonita, Pecado), Elvira Rios (Pecadora, Desesperadamente, Vereda Tropical, Noche de Ronda), Carlos Ramirez (Para Que Recordar, Granada) e vários outros artistas como Tito Gizar (Sin Ti), Desi Arnaz, Juan Daniel (artista espanhol, pai de Daniel Filho, contratado pela gravadora Star para gravar músicas caribenhas, especialmente boleros), Fernando Fernandez e muitos mais.

 



.
Homenagem a Maria Felix, la reina del tela.




Luis Miguel interpretando Noche de Ronda.


 



Nat King Cole interpretando Noche de Ronda.


 

Gregorio Barrios interpretando Luna Lunera.




















Eva Garça interpretando Frio en el Alma.













Pedro Vargas interpretando Pecadora.
















Pedro Infante interpretando Dos Arbolitos.





Elvira Rios interpretando Vereda Tropical.













Joselito interpretando Granada.

 












Como no fundo, no fundo, o brasileiro é um sentimental, o bolero nunca mais saiu de seu coração, do mais brega (Lindomar Castilho) à mais chique (Nana Caymmi).


4 comentários:

CANTO DE BOCAIÚVA disse...

Excelente artigo com um apanhado histórico do bolero e do baião, duas grandes influências musicais dominantes na década de 50. Faltou apenas citar o bolero mais gravado em todos os tempos: Besame Mucho. Eu tenho cerca de 1000 gravações diferentes desse bolero de Consuelo Velasquez. Uma curiosidade: ele foi inspirado integralmente numa ideia melódica do Concerto Para Piano de Schumann, de cerca de 6 segundos!

Anônimo disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Unknown disse...

Texto maravilhoso. Parabéns!!!

Década de 50 disse...

Amor de Baoaiúva, desculpe-me pela demora em responder-lhe, mas é que eu estava em outros projetos. Quanto ao bolero "Besame Mucho", ele fez sucesso foi na década de 40, o que você pode acessar através do google escrevendo "Os grandes sucessos de 1940. Besame Mucho voltou às paradas na década de 60, através de um disco de boleros lançado por Nat "king" Cole, no que foi seguido por centenas de outras gravações. Na realidade, ele ficou meiio esquecido na década de 50, ano objeto do meu blog.

Obrigado e estou sempre às ordens.